Limpa, a água potável é essencial para os humanos e para outras formas de vida. O acesso à água potável tem melhorado continuamente e substancialmente nas últimas décadas em quase toda parte do mundo. Existe uma correlação clara entre o acesso à água potável e PIB per capita de uma região. No entanto, alguns pesquisadores estimaram que em 2025 mais de metade da população mundial sofrerá com a falta de água potável. A água desempenha um papel importante na economia mundial, já que ela funciona como um solvente para uma grande variedade de substâncias químicas, além de facilitar a refrigeração industrial e o transporte. Cerca de 70% da água doce do mundo é consumida pela agricultura.
O setor que consome mais água doce a nível mundial é a agricultura, nos países desenvolvidos é a indústria, e nos países em desenvolvimento é a agricultura. A percentagem do volume total de água usada na irrigação na Índia é de aproximadamente 91%, na China é de aproximadamente 89% e na Grã-Bretanha é de aproximadamente 2%. Uma técnica que tem vindo a ser utilizada com o objetivo de diminuir o consumo de água na agricultura é a irrigação por gotejamento.
Em Portugal, o setor de atividade industrial que consome mais água é a fábrica de pasta de papel e cartão e o setor de atividade industrial que consome menos água é a fabricação de máquinas e equipamentos.
Em Portugal, o setor de atividade industrial que consome mais água é a fábrica de pasta de papel e cartão e o setor de atividade industrial que consome menos água é a fabricação de máquinas e equipamentos.
Somente nos últimos 20 anos, a população mundial aumentou em mais de 1 bilhão e 800 milhões de pessoas e este contingente diminuiu em um terço o suprimento de água do planeta. Analise o fato de que a necessidade de água cresce numa escala mais rápida do que o aumento populacional, pois aumenta a quantidade de indústrias (que consomem muita água) e a agricultura passa a usar mais água para produzir mais alimentos.
A escassez já indicou o caminho do lucro a grandes grupos empresariais, especialmente da França, Inglaterra e Espanha - que controlam sistemas de abastecimento em vários países do mundo. O Banco Mundial, por sua vez, financia projetos de privatização dos serviços de água e esgoto em países do Terceiro Mundo. São projetos estratégicos para as grandes potências, que controlam o Banco Mundial, pois todos sabem que, mais cedo ou mais tarde, quem detiver o controle da água ditará as regras no planeta.
As grandes multinacionais têm interesse especial pela América Latina e particularmente pelo Brasil (que tem 12% do volume de água doce do mundo). Por isso elas estão chegando, como já fizeram em algumas cidades da Argentina e mesmo do Brasil, basicamente no interior de São Paulo. Em alguns locais já são alvo da revolta popular, pelo aumento da tarifa, e de escândalos por pagamento de propina a políticos visando ganhar os serviços de água e esgoto da cidade.
A Bahia está na mira e uma das gigantes do setor, a francesa Lyonnaise des Eaux, já presta serviço de consultoria e outra francesa, a Générale des Euax, está vendendo equipamentos à Empresa Baiana de Águas e Saneamento - Embasa através de uma das empresas do grupo, a OTV. Como tática usada em outros lugares, chegou de mansinho, como se não quisesse nada, vai obtendo informações estratégicas e se prepara para o golpe fatal que é a privatização.
O próprio governo baiano trabalha a todo vapor para privatizar a água e o Banco Mundial, em seminário realizado este mês em Salvador, confirmou interesse em jogar dinheiro para empresários interessados neste projeto. Também controlada por grupos poderosos e encrustados no poder, a imprensa é forte aliada, prestando-se à fazer campanha desmoralizando servidores e empresas públicas, no interesse de "fazer a cabeça" da população.
A desculpa do governo é de que não dispõe de dinheiro para investir no setor, mas é de um cinismo impressionante. A Caixa Econômica Federal só empresta dinheiro às empresas públicas se for para projeto visando a privatização. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social só libera dinheiro para empresas já privatizadas. São dois bancos públicos, do governo, que se utilizam de recursos do trabalhador (o FGTS, usado pela Caixa, e o Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT, usado pelo BNDES) para pressionar e chantagear empresas públicas e governos municipais. E todos sabem que, no mundo inteiro, a primeira e mais grave consequência da privatização é a demissão em massa de trabalhadores.

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